sábado, 31 de outubro de 2009

Desilusões de um Professor

Sempre quis ser professor! Não me recordo se tal desejo já se manifestava em criança ou se me limitava a querer ser bombeiro ou polícia, como tantos de nós almejaram. O que é certo é que, quando tive que fazer a minha opção universitária, aí sim, já estava plenamente convicto do que queria: ensinar com prazer a língua, a cultura e a literatura portuguesas aos mais jovens e, simultaneamente, ajudar a formar os futuros cidadãos do amanhã, transmitindo-lhes os valores que considero essenciais na vida: o respeito, a seriedade, o rigor, a amizade e o amor. Ao longo dos anos fui construindo uma carreira de sucesso e fazendo centenas de amigos de entre os alunos com quem tive o grato prazer de travar conhecimento. Tanto assim que muitos deles, ainda hoje, passados alguns anos, se mantêm em contacto comigo. Mas de há quatro anos e meio a esta parte tudo mudou, graças à acção desastrosa de um grupo de indivíduos que se encarregou de arruinar a escola e os professores.
O resultado de tais políticas é verdadeira e escandalosamente desastroso e está bem à vista de todos. Contudo, o resultado das eleições de 27 de Setembro último fez renascer das cinzas a esperança de milhares e milhares de professores, que esperam agora que os partidos da oposição cumpram com o prometido (as suas votações foram esmagadoramente fruto da insatisfação dos docentes) e devolvam à escola e aos professores o rigor e a motivação que a sinistra ministra se encarregou de sonegar. Até porque ela já foi embruxar outros sítios e outros lugares (uma vez bruxa, bruxa para toda a vida!).

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